sexta-feira, 31 de agosto de 2018

não havia foto

pois não, não havia foto
mas os rostos mais deslumbrantes que alguma vez conheci
mais bonitos talvez só os dos sucessores, e das bonecas, esses seres mágicos que carregam os nossos sonhos

estou aqui porque preciso de atualização, vocês devem estar a precisar do mesmo, imagino

logo, estender a roupa vai parecer um ritual religioso, mas daqueles bem profanos, em que os anjos se transformam em bruxas loucas, possuídas duma magia que cada vez mais estou certa é apanágio só de algumas

nós fomos bafejadas por essa sorte, a sorte da Amizade Eterna
não precisamos de fotos, nem de palavras, sabemos que estamos lá sempre: isto sim é amor!

neste momento de renovação, de novo juntas, de novo unindo forças para que o Futuro resulte
queremo-lo bonito, à semelhança do quarteto, deverá ser equilibrado pois a loucura anda por perto, já não falta muito, vocês sabem


quinta-feira, 19 de maio de 2016


Por a roupa a secar nunca mais foi a mesma coisa
parte 2


"Uma imagem,vale mais do que mil palavras" 

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Pôr a roupa a secar nunca será como antes:
a importância da cor

Já sabem que estas quatro se conhecem desde os 10 anos de idade. Claro que nos primeiros anos de amizade as conversas não tinham os assuntos de hoje, passado um quarto de século.
Em meados de abril, as amigas lancharam juntas e, às tantas, a conversa era sobre arrumação: arrumação por cores e categorias… Começámos pela arrumação das gavetas por cores e categorias. Blusas, camisolas, cuecas, peúgas, meias, collants, estas são algumas das “categorias”. Depois arrumam-se por cores e escala de cores.
Duas riam-se a bom rir e outras duas afirmavam fazer assim, e acrescentaram, quando pomos a roupa a secar, uma pendura cada peça, em geral com as duas molas da MESMA cor. A outra só tem molas amarelas (90%) e vermelhas (10%). As amarelas, para a esmagadora maioria da roupa, e as vermelhas para as peças vermelhas. Ora, as gargalhadas eram já tantas que toda a gente no café as olhava, surpreendidas umas, chocadas outras (mulheres adultas a rir assim não é de bom tom. E elas preocupadíssimas!)
Escusado dizer que as outras duas não têm um método tão apurado para pôr a roupa a secar ou mesmo para arrumar as gavetas. São a favor do arco-íris no que respeita a gavetas e estendal da roupa.
Esta semana, almoçaram juntas e cada uma recebeu uma prenda: molas, molas amarelas, molas verdes e molas de várias cores.
Durante os dias que separaram o lanche do almoço, pôr roupa a secar foi motivo para sorrir e relembrar a conversa.

A partir de agora pôr a roupa a secar nunca será a mesma coisa, pelo menos, no rosto aparecerá um sorriso, se não uma gargalhada, porque com estas quatro, apesar dos problemas do dia-a-dia, pessoais ou profissionais, esta amizade é fonte de alegria e de energia.

domingo, 3 de abril de 2016

Subiu para o mini autocarro ajudada pela mãe. Em lágrimas e perguntando porque o papá ficava, queria que o pai também viesse com eles. A mãe tentava acalmá-la com palavras doces, sussurradas ao seu ouvido, mas ela via o pai no varanda do aeroporto, e só chorava e dizia que queria o papá. O irmão, pouco mais velho, tentava entusiasmá-la com o facto que ia andar de avião, ele já tinha andado, mas para ela, era a primeira vez. Mas nada a acalmava. Do choro desesperado, passou aos soluços e acabou por adormecer, já no seu lugar, no avião, para alívio da mãe e dos outros passageiros, que de certo modo se sentiam como aquela menina, desesperados, deixavam tudo para trás...
Lembra-se de de lhe terem dito que lá em baixo era Casablanca, ela só viu nuvens brancas.
Quando chegaram ao destino, carregava nos braços uma boneca pouco mais pequena que ela e um cestinho plástico, verde, com as suas loicinhas, respondendo com modos agressivos a quem se metia com ela, por causa do semblante triste e amuado, ou por causa da boneca. 
Em casa dos familiares, escondeu-se debaixo de uma mesa, assustada, não percebia aquela alegria com risos histéricos e lágrimas grossas a correr pelas faces.
Ainda hoje não gosta de falar nesses dias e o marido abraça-a e diz-lhe que tudo vai passar... Sim, passaram 41 anos...  


D.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Madrugadas esquentadas!
cortesia da P.D.I.

Nem todas sabemos do que estamos a falar, pena! 
Já estou como o filhote de uma amiga, com três anos, que apanhou varicela, e que perguntava à mãe, já desesperado: " - Mamã, quando é que esta doença vai para outro menino?" 
Eu digo a mesma coisa: "Quando é que estes calores vão para outra mulher?" 
Porque não sentimos todas estes belos sintomas, em especial este que inflama de forma mais intensa no silêncio da noite e nos faz acordar encharcadas e fazer uma vigia até a temperatura baixar, mudando para uma camisa de noite de verão, contando carneiros... (E já agora! Porquê carneiros? Sim, porquê? Num rebanho há sempre mais ovelhas! E mais - não tem nada a ver aparentemente, mas a ovelha negra não é carneiro, é ovelha!! Ovelha negra). Bom, de qualquer forma, eu conto ovelhas, ovelhas, pois elas, de certeza, que me percebem, andam devagar, saltam graciosamente a cerca, uma atrás da outra e eu quase adormeço... é verdade. 

Ao telefone, com a minha parceira preferida das insónias, ela disse-me que ouviu, penso que na rádio, que se ligarmos a alguém às 4 da manhã, essa pessoa vai ouvir-nos de certeza! Ora, esta noite, durante a insónia esquentada e antes de contar ovelhas, lembrei-me de uma famosa cantiga portuguesa e reescrevi-a, não tão brilhante como o original, mas aqui vai:

Eu ouvi o telefone 
às quatro da madrugada, 
era a amiga Angelina 
p'ra dois dedos de conversa. 

Ao ouvir o telefone
saltei logo da cama. 
às quatro da madrugada 
a conversa começou.

Dedico esta espécie de cantiga, com todo o carinho, a vocês, minhas queirdas Lina, Nita e Bela,
Dinha.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Ano Novo...vidas vividas

Foi com alegria que vos recebi, foi bom juntarmo-nos "juntando" quem nos acompanha diariamente, foi excelente que os "nossos" assistissem ao que nós somos juntas.
De facto faltou o "RX" a tal imagem que teima em não sair, que teima em não ser feita, é incrível, mas, será que a tecnologia conseguia captar a nossa felicidade?
Depois de vocês saírem os "meus" perceberam tanta coisa que precisava ser entendida, entendo que não será muito fácil de alcançar a imensidão de tanto amor, tanta cumplicidade, afinal não é todos os dias que se vê disto! Não é à toa que somos o "quarteto mágico"!

Sabem que vos chamo "as minhas gajas"? sem sentido pejorativo, só com carinho, nada mais, vocês são parte de mim, sem as quais não me imagino a viver na plenitude e quero, sinceramente, neste ano que agora entrou viver muito mais convosco, é uma promessa que vos faço... no que estiver ao meu alcance farei de tudo para que nos juntemos mais, vivamos mais esta linda relação...daí ser ano novo, vidas vividas, vivamos ao máximo este dom que Deus nos deu!
Dentro de dois dias uma de nós completará mais uma primavera, curiosamente, festeja-a no Inverno, será por isso que ela não gosta dele e do frio que o acompanha? ou será porque toda ela é calor? Seria bom que conseguíssemos estar juntas, nunca é demais, certo? Vamos fazer por isso? com certeza que sim!

Então, começando bem, aqui fica uma parte da promessa que vos fiz, estar juntas, também é escrever-vos, é passar "para o papel" o que se sente, é um testemunho! aqui fica o meu que se junta, ao da nossa Dinha que escreve maravilhosamente bem, para que precisamos de fotografia? basta ler o que ela escreveu para "vermos" o que tivemos no dia 26/12, ah grande Natal!

Amo-vos muito minhas gajas lindas!




quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Mais uma vez, a exemplo do que aconteceu com outros encontros, não ficaram fotos para a posteridade.
Incrível!! Na era da tecnologia em que todos os telemóveis vêm apetrechados com excelentes máquinas de fotografar, nós não temos uma foto para provar que estivemos juntas!! Bom, temos testemunhas. :-)

Testemunhas contagiadas pela nossa amizade, olhos esbugalhados de emoção e interrogação, a olharem-nos conversar, rir, emocionar, abraçar.

Amanhã é o último dia do ano de 2015 que resolveu, aparentemente, despedir-se cheio de frio e, cá para estes lados, com um nevoeiro cerrado que nos envolve quase embalando, mas que, ao mesmo tempo, espalha uma espécie de tristeza, melancolia que nos vai invadindo e quase sufocando. :-(

Foi bom ver-vos.
Foi bom estar convosco.
Os vossos miúdos estão grandes e bonitos, em todos os aspectos. Nota-se que são jovens amados e queridos pelos seis progenitores. Sortudos!! Eles e vocês. Vocês e eles.

Espero que este ano que vem aí já a chegar, seja mais luminoso, mais pacífico, mais harmonioso do que este que agora se despede de forma tão triste e angustiante.

E, por favor, vejam de resolvem escrever também.