Madrugadas esquentadas!
cortesia da P.D.I.
Nem todas sabemos do que estamos a falar, pena!
Já estou como o filhote de uma amiga, com três anos, que apanhou varicela, e que perguntava à mãe, já desesperado: " - Mamã, quando é que esta doença vai para outro menino?"
Eu digo a mesma coisa: "Quando é que estes calores vão para outra mulher?"
Porque não sentimos todas estes belos sintomas, em especial este que inflama de forma mais intensa no silêncio da noite e nos faz acordar encharcadas e fazer uma vigia até a temperatura baixar, mudando para uma camisa de noite de verão, contando carneiros... (E já agora! Porquê carneiros? Sim, porquê? Num rebanho há sempre mais ovelhas! E mais - não tem nada a ver aparentemente, mas a ovelha negra não é carneiro, é ovelha!! Ovelha negra). Bom, de qualquer forma, eu conto ovelhas, ovelhas, pois elas, de certeza, que me percebem, andam devagar, saltam graciosamente a cerca, uma atrás da outra e eu quase adormeço... é verdade.
Ao telefone, com a minha parceira preferida das insónias, ela disse-me que ouviu, penso que na rádio, que se ligarmos a alguém às 4 da manhã, essa pessoa vai ouvir-nos de certeza! Ora, esta noite, durante a insónia esquentada e antes de contar ovelhas, lembrei-me de uma famosa cantiga portuguesa e reescrevi-a, não tão brilhante como o original, mas aqui vai:
Eu ouvi o telefone
às quatro da madrugada,
era a amiga Angelina
p'ra dois dedos de conversa.
Ao ouvir o telefone
saltei logo da cama.
às quatro da madrugada
a conversa começou.
às quatro da madrugada,
era a amiga Angelina
p'ra dois dedos de conversa.
Ao ouvir o telefone
saltei logo da cama.
às quatro da madrugada
a conversa começou.
Dedico esta espécie de cantiga, com todo o carinho, a vocês, minhas queirdas Lina, Nita e Bela,
Dinha.