Mais uma vez, a exemplo do que aconteceu com outros encontros, não ficaram fotos para a posteridade.
Incrível!! Na era da tecnologia em que todos os telemóveis vêm apetrechados com excelentes máquinas de fotografar, nós não temos uma foto para provar que estivemos juntas!! Bom, temos testemunhas. :-)
Testemunhas contagiadas pela nossa amizade, olhos esbugalhados de emoção e interrogação, a olharem-nos conversar, rir, emocionar, abraçar.
Amanhã é o último dia do ano de 2015 que resolveu, aparentemente, despedir-se cheio de frio e, cá para estes lados, com um nevoeiro cerrado que nos envolve quase embalando, mas que, ao mesmo tempo, espalha uma espécie de tristeza, melancolia que nos vai invadindo e quase sufocando. :-(
Foi bom ver-vos.
Foi bom estar convosco.
Os vossos miúdos estão grandes e bonitos, em todos os aspectos. Nota-se que são jovens amados e queridos pelos seis progenitores. Sortudos!! Eles e vocês. Vocês e eles.
Espero que este ano que vem aí já a chegar, seja mais luminoso, mais pacífico, mais harmonioso do que este que agora se despede de forma tão triste e angustiante.
E, por favor, vejam de resolvem escrever também.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2015
quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Estaríamos no ano de 1979, acabámos de passar da Primária para a Preparatória, do 1º para o 2º ciclo.
Tínhamos 10 anos de idade, todas tínhamos irmãs ou irmãos mais velhos. Todas diferentes e todas iguais na amizade, na alegria, na camaradagem.
Estávamos numa turma rebelde, nós, mais ou menos, meninas da mamã, acabámos por sobreviver e participar alegremente naquelas travessuras todas!!
O Luís e o Nini eram os mais atrevidos no desafio aos professores. Uma vez, alguém que nós não sabíamos quem (jamais revelaríamos o nome ou deixaríamos que alguém revelasse!), colocou um pionés na cadeira da professora de Educação Visual... Como ninguém se acusou ou acusou alguém, toca a levar uma falta colectiva e tudo para a rua!! Outra vez, na aula de música no momento em que, teatralmente (como era seu apanágio), a professora de música se preparava para atacar as teclas do órgão, alguém - continuamos sem saber quem e a ter raiva a quem se atrever a dizer quem foi! - rastejando até à ficha, desligou o órgão da tomada, fazendo sair um som surdo e pouco musical das teclas atacadas!
Aconteceu também um dia, na altura em que os abrunhos amadurecem, termos ido todos - havia sempre dois ou três que se cortavam a estas aventuras. Confesso que eu, por temperamento, seria uma dessas crianças/pessoas, não sei o que me transformou naquele ano letivo da minha vida! Como ia escrevendo, fomos à bouça, ou mata, "paredes meias" com a nossa escola pré-fabricada, escapámos-nos pelas escavações (buracos) que havia no muro que nos protegia da mata, e fomos abastecer-nos nos abrunheiros, voltando para a sala carregadíssimos... Aula de Francês. Bom, só vos digo que quando a Presidente do Conselho Directivo entrou na sala, uma senhora baixinha, vestida à maneira clássica, saia e casaco axadrezada ou pied-de-poule, com uma cabeleira arranjada uma vez por semana na cabeleireira, tão cheia de laca que nem um milímetro se mexia, enquanto a senhora, de alcunha Bacalhau Sueco, abanava com a cabeça, indignada com semelhante espectáculo: o chão cheio, verdadeiramente coberto de caroços mal descarnados de abrunhos... E nós? Assobiando para o alto, olhando o vazio, com os rostinhos mais inocentes e larocas que os recém adolescentes podem ter aos 10 anos de idade. Lá fomos todos novamente para a rua com falta colectiva.
Foi assim, neste ambiente, que começou o nosso lema para a vida Um por todos e todos por um! Nessa altura seríamos uns 20 e poucos, continuámos vida fora nós as quatro:
Tínhamos 10 anos de idade, todas tínhamos irmãs ou irmãos mais velhos. Todas diferentes e todas iguais na amizade, na alegria, na camaradagem.
Estávamos numa turma rebelde, nós, mais ou menos, meninas da mamã, acabámos por sobreviver e participar alegremente naquelas travessuras todas!!
O Luís e o Nini eram os mais atrevidos no desafio aos professores. Uma vez, alguém que nós não sabíamos quem (jamais revelaríamos o nome ou deixaríamos que alguém revelasse!), colocou um pionés na cadeira da professora de Educação Visual... Como ninguém se acusou ou acusou alguém, toca a levar uma falta colectiva e tudo para a rua!! Outra vez, na aula de música no momento em que, teatralmente (como era seu apanágio), a professora de música se preparava para atacar as teclas do órgão, alguém - continuamos sem saber quem e a ter raiva a quem se atrever a dizer quem foi! - rastejando até à ficha, desligou o órgão da tomada, fazendo sair um som surdo e pouco musical das teclas atacadas!
Aconteceu também um dia, na altura em que os abrunhos amadurecem, termos ido todos - havia sempre dois ou três que se cortavam a estas aventuras. Confesso que eu, por temperamento, seria uma dessas crianças/pessoas, não sei o que me transformou naquele ano letivo da minha vida! Como ia escrevendo, fomos à bouça, ou mata, "paredes meias" com a nossa escola pré-fabricada, escapámos-nos pelas escavações (buracos) que havia no muro que nos protegia da mata, e fomos abastecer-nos nos abrunheiros, voltando para a sala carregadíssimos... Aula de Francês. Bom, só vos digo que quando a Presidente do Conselho Directivo entrou na sala, uma senhora baixinha, vestida à maneira clássica, saia e casaco axadrezada ou pied-de-poule, com uma cabeleira arranjada uma vez por semana na cabeleireira, tão cheia de laca que nem um milímetro se mexia, enquanto a senhora, de alcunha Bacalhau Sueco, abanava com a cabeça, indignada com semelhante espectáculo: o chão cheio, verdadeiramente coberto de caroços mal descarnados de abrunhos... E nós? Assobiando para o alto, olhando o vazio, com os rostinhos mais inocentes e larocas que os recém adolescentes podem ter aos 10 anos de idade. Lá fomos todos novamente para a rua com falta colectiva.
Foi assim, neste ambiente, que começou o nosso lema para a vida Um por todos e todos por um! Nessa altura seríamos uns 20 e poucos, continuámos vida fora nós as quatro:
Anita, Bela, Dinha e Lina.
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